Bem vindos!

Conta-me histórias é um blog onde vos mostro alguns dos meus trabalhos e onde podemos falar de tudo um pouco. Apresenta certos assuntos que acho relevantes e interessantes, sempre aberta a conselhos da vossa parte no sentido de o melhorar. Obrigado pela vossa visita. Fico à espera de muitas mais.

domingo, 29 de abril de 2012

Perdão, para que te quero

Perdoar deve ser das coisas mais difíceis para um adulto. A capacidade de perdoar é um dom com o qual nascemos, mas que perdemos pelo caminho, esquecendo como usar esta ferramenta essencial de cura. Dizemos que perdoamos, mas continuamos a relembrar o mal que nos fizeram,  sempre que encaramos quem nos fez sofrer. A maneira mais fácil de fugir ao perdão é capacitarmo-nos de que a pessoa em questão não merece a nossa atenção, nem sequer os nossos pensamentos. Acabamos por ser vitimas do nosso próprio veneno, pois sem perceber estamos a colocar na mão do outro o nosso poder. Perdemos tempo a enchermo-nos de razão, vivendo e revivendo a cena vezes sem conta, dando muita importância às atitudes do outro e suavizando as nossas. É certo que existem coisas dificeis se não mesmo quase impossiveis de perdoar. Custa horrores perdoar alguém que nos traiu, que nos feriu de morte. Mas esse preço tem que ser pago se queremos viver em paz connosco próprios. Só depois de ultrapaçarmos o mal que nos fizeram, só depois de entender-mos que talvez isso fosse necessário para a nossa evolução, só quando pensarmos nessa pessoa e o ódio tiver desaparecido, só então podemos dizer que perdoamos sinceramente. E que peso nos sai do peito. que leveza sentimos quando o nosso coração cria espaço para amar. Um espaço que esteve demasiado tempo ocupado por coisas feias e sem sentido.

domingo, 8 de abril de 2012

Não estou só

Diz a ciência que somos o animal que mais tarde "sai do ninho". Isto é, somos a espécie dominante no mundo, mas somos a que por mais tempo depende dos progenitores, a fim de sobreviver. Pensando bem, nunca estamos preparados para levantar voo e abandonar por completo o conforto e a segurança do seio familiar. Claro que quando somos novos, ansiamos por crescer, para termos a nossa "independência", para sermos donos de nós próprios. Só algum tempo depois e dependendo das dificuldades que a vida apresente, nos damos conta de como foi importante o conforto e a segurança da família. De como era bom o sentimento de despreocupação com a vida real, de como era preciosa a mão da nossa mãe na testa num dia de febre, como era delicioso o aconchego dos lençóis depois de um dia de escola, de como eram espectaculares os dias de praia com os amigos, nas férias de verão, enquanto alguém trabalhava para nos sustentar.
Não sei se é um sentimento geral, mas quanto mais o tempo passa, mais vontade tenho de voltar a ser criança, se não mesmo, de voltar para o ventre materno. Como seria bom despir o fato de responsabilidades e obrigações e deixar que tomassem conta de mim outra vez. 
Mas esta ausência de colo, normal na evolução humana, leva-me a acreditar que não caminho sozinha. Talvez por ser verdade ou talvez por querer acreditar nisso. Sei... sinto que terei sempre alguém que caminha a meu lado e que me dará alento sempre que precisar, me dará colo sempre que me sentir em baixo.